O que é microcrédito e quem tem acesso?

Entenda de uma vez por todas como você pode usar o microcrédito no seu negócio!
Você conhece o potencial transformador que o microcrédito pode garantir para o seu negócio?
Na vida do empreendedor, é comum a necessidade de solicitar um empréstimo.
Afinal, tem momentos que o negócio para de ter um crescimento regular, tornando-se fundamental um investimento maior para a expansão da empresa.
Entretanto, também é comum a solicitação por outros motivos, como quitar dívidas ou abrir o empreendimento.
Isso acontece porque o empréstimo pode suprir diferentes necessidades em diferentes momentos do empreendimento.
O microcrédito foi criado para isso, sendo um empréstimo concedido para empresários de menor porte.
Por isso, se você quer expandir ou manter seu comércio ativo, o microcrédito é a opção certa!
Leia o texto até o final para entender o que é e como funciona essa alternativa de empréstimo no Brasil.
O que é microcrédito?
Antes de você fazer o uso do microcrédito, é necessário entender o que é esse tipo de empréstimo.
No geral, o microcrédito é a concessão de uma quantia de dinheiro, ou seja, um empréstimo, mas apenas para pessoas físicas ou microempreendedores que utilizam o dinheiro para montar ou expandir um negócio.
O Microempreendedor Individual (MEI) é um ótimo exemplo de perfil que se encaixa nessa alternativa.
Aliás, como o próprio nome indica, o microcrédito possui um valor limite de R$ 20 mil, contando com diversos benefícios, como taxas de juros reduzidas e maior facilidade de aprovação.
Por causa disso, o Banco Central considera o microcrédito muito mais do que apenas uma opção de empréstimo, mas uma política de desenvolvimento social.
Afinal, a facilidade e acessibilidade para a conquista do empréstimo incentiva e ajuda empreendedores por todo o Brasil.
O microcrédito foi criado com o objetivo de democratizar o acesso ao para empresários de baixa renda e ele é capaz de cumprir perfeitamente esse papel.
Quem pode contratar?
Em relação às suas regras, é importante saber que o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) é o responsável pela sua formulação.
Entretanto, para receber o benefício, é necessário solicitar às instituições financeiras, como bancos.
Como o microcrédito não é obrigatório, não é todo banco que oferece. Sendo assim, é necessário procurar bancos que forneçam o microcrédito, como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa e Santander.
De qualquer forma, algumas condições que o BNDES exige são:
- A pessoa que solicita o microcrédito deve desempenhar atividades de pequeno porte, ou seja, ter uma receita bruta anual máxima de R$360 mil, dando, no máximo, R$30 mil por mês;
- O valor recebido deve ser usado integralmente em projetos empreendedores, como investimento na empresa e capital de giro, podendo incluir a compra de equipamentos, máquinas, espaços, estoque ou matéria-prima.
Isso é feito para garantir que o investimento será utilizado para fins empresariais, tornando o Brasil cada vez mais empreendedor.
Além disso, o BNDES define outras regras, como em relação aos limites nas taxas de juros. A Lei limita que os juros seja de, no máximo, 4%, incluindo todas as taxas e encargos.
Entretanto, não necessariamente você receberá a taxa de 4%, esse valor deve ser negociado com a instituição financeira, respeitando o limite pré-definido.
Ainda em relação aos valores, é possível receber outras cobranças, como a Taxa de Abertura de Crédito, mas essas taxas sempre devem respeitar um limite de 3% do valor do empréstimo.
Se você está dentro dos critérios citados, saiba que você já pode começar o processo de solicitação de microcrédito, sendo as etapas muito parecidas com a solicitação do empréstimo tradicional.
Você necessitará escolher uma instituição financeira ou banco, fazer a solicitação e passar por um processo de análise de perfil do empreendedor, da empresa, do valor solicitado e do prazo de pagamento.
Essa aprovação dependerá da situação atual do seu negócio, como o seu porte e capacidade de quitação.
A fase de análise socioeconômica e empresarial pode envolver uma visita à sua casa ou espaço comercial, com o objetivo de fazer um diagnóstico financeiro.
Nesse mesmo processo, também é importante a confirmação da existência do empreendimento.
Ao confirmar todos esses pontos, a negociação pode ser finalizada e o dinheiro disponibilizado.
Confira também: Como determinar os valores para cada serviço
MEI pode conseguir microcrédito?
Como já afirmado, sim! O microcrédito pode ser disponibilizado para o MEI, tendo em vista que esse profissional possui contabilidade com as exigências do BNDES.
Como MEI, por exemplo, o microempreendedor individual pode ter um faturamento anual de até R$ 81 mil, ou seja, R$ 6.750 reais mensalmente.
Para receber o microcrédito, é possível ter um faturamento anual bruto de até R$ 360 mil, fazendo com que o MEI esteja dentro do valor permitido.
Inclusive, um ponto importante é que, como MEI, ao solicitar o microcrédito, você deverá pagar a TAC (Taxa de Abertura de Crédito). Essa é uma das possíveis cobranças extras e ela é aplicada em operações para MEIs.
Quais os outros tipos de crédito?
O microcrédito é uma ótima opção, mas, caso você não queira ou não seja compatível com o perfil, relaxa.
Existem diversas maneiras de conseguir um empréstimo.
Por isso, separamos uma lista de possibilidades para você conhecer. Acompanhe a leitura e saiba diversas outras opções de linha de crédito.
#1 – Empréstimo pessoal
Como primeira alternativa de empréstimo, temos o empréstimo pessoal.
Ele é feito entre uma instituição financeira e o consumidor, em que não é necessário declarar os objetivos do uso do capital.
Essa modalidade não possui uma garantia segura de pagamento ao banco e, por isso, o Banco Central afirma que os juros podem chegar até 99%.
#2 – Empréstimo com garantia
Esse empréstimo é bem comum. Nele, você deve oferecer um bem material como garantia do pagamento.
Ou seja, a instituição entrega o capital e você coloca um bem como garantia do pagamento, podendo ser um imóvel ou um automóvel, por exemplo.
Essa alternativa também pode ser chamada de alienação fiduciária e a garantia significa que, mesmo que o bem continue sendo do cliente, ele será transferido à instituição financeira até a quitação do débito.
E, caso não seja pago, a propriedade torna-se da instituição financeira.
Já em relação aos juros, essa modalidade apresenta baixo risco de inadimplência, tendo em vista que o imóvel do usuário estará em jogo. Assim, os prazos de pagamento costumam ser maiores e a taxa de juros 14,9%.
#3 – Empréstimo consignado público
Essa modalidade também é um empréstimo por garantia, mas não é usado uma propriedade material nesse processo.
No empréstimo consignado público, o cliente utiliza do seu próprio salário como garantia.
Ou seja, as parcelas do empréstimo serão debitadas automaticamente do salário do beneficiado.
Entretanto, essa possibilidade é exclusiva para funcionários públicos, aposentados e pensionistas do INSS.
Nessa opção o risco de inadimplência também é menor, gerando uma taxa de juros de 20,5%.
#4 – Empréstimo consignado privado
Como o próprio nome indica, essa modalidade é parecida com a anterior, alterando apenas a quem se destina.
O empréstimo consignado público é voltado para funcionários públicos, o empréstimo consignado privado é feito para pessoas funcionárias de empresas privadas que são conveniadas às instituições financeiras.
Como no anterior, o valor será debitado diretamente do salário do funcionário, com, geralmente, uma taxa de 29% de juros.
#5 – Cheque especial
Essa modalidade é usada quando não há saldo bancário suficiente para pagar as contas.
Nessa situação, o cliente pode solicitar por um cheque especial, ou seja, uma linha de crédito utilizada de forma automática para quitar as dívidas.
Embora possua um uso muito regular, é importante salientar que é recomendável o uso apenas emergencial, pois possui uma das taxas de juros mais altas do mercado, em uma média de 305% ao ano, de acordo com o Banco Central.
Como escolher o melhor tipo de empréstimo?
Com tantas opções, fica difícil saber qual a que mais funciona para você e seu negócio, né?
Antes de tudo, é necessário que você tenha a mentalidade correta, ou seja, esteja ciente que o empréstimo é um comprometimento e que, ao utilizá-lo uma dívida deverá ser paga mensalmente.
Assim, algumas dicas importantes são:
- Avalie sua necessidade para possuir esse dinheiro, tendo certeza que você necessita esse investimento;
- Avalie e compare as taxas de juros, fazendo simulações para saber o quanto irá economizar;
- Considere um cálculo para além das taxas de juros, avaliando o Custo Efetivo Total, ou seja, a soma de todos os encargos, as taxas, os juros e as despesas do processo;
- Escolha a opção mais econômica para você;
- Faça uma pesquisa minuciosa para escolher a instituição financeira.
Essas são algumas dicas importantes para você fazer uma boa escolha. Siga todas as recomendações e encontre o empréstimo perfeito para você!
Leia também: Você sabe o que é fluxo de caixa?
Pronto para solicitar seu microcrédito?

Acreditamos que, a partir de agora, você já sabe tudo que precisa sobre o microcrédito: seu conceito, quem pode se beneficiar, quais as regras e mais.
Além disso, você conferiu outros diversos tipos de empréstimos, como: empréstimo pessoal, empréstimo com garantia, empréstimo consignado público, empréstimo consignado privado e cheque especial.
Assim, você está pronto para iniciar ou ampliar o seu empreendimento!
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