Freud, complexo de Édipo, narcisismo, transtorno de personalidade… muita gente já ouviu falar desses termos e conceitos e até já usou alguns deles em tom de brincadeira mas não sabe exatamente o que querem dizer ou de onde surgiram, não é mesmo?

Esses termos fazem parte da Psicanálise, área de conhecimento que tem como foco o psiquismo humano e que está muito em voga atualmente. Mas você sabia que não é preciso ter formação em Psicologia para atuar como um psicanalista? Que a Psicanálise não é considerada uma ciência propriamente dita e que ela não é uma profissão regulamentada? 

Há muitas dúvidas sobre a diferença entre psicólogos, psicanalistas e até mesmo psiquiatras. Raramente aquele que está em sofrimento psíquico conhece as diferentes linhas teóricas seguidas pelos profissionais da saúde, quando busca um atendimento psicológico. 

Leia mais: Guia do profissional: Psicólogo

O mesmo acontece com aqueles que buscam trabalhar na área da saúde, mas não sabem muito bem por onde começar. Pensando nisso, neste guia do psicanalista, você vai entender:

  • O que o psicanalista faz;
  • Em que áreas ele pode atuar;
  • Como está o mercado de trabalho para esses profissionais e quais as previsões futuras;
  • Quais as habilidades e conhecimentos necessários ao psicanalista;
  • Dicas para ser um profissional de sucesso de acordo com princípios éticos fundamentais;
  • Indicação de autores reconhecidos na área;
  • Boas práticas de trabalho;

E, no final, vai receber um glossário explicando os termos mais comuns aos psicanalistas. 

O que faz um psicanalista?

Em termos gerais, o psicanalista busca encontrar as origens dos distúrbios psíquicos dos pacientes para que eles possam dar novos sentidos às situações vividas e marcadas como traumáticas. Tudo que é da ordem do traumático estaria posto no inconsciente, um registro do qual nada sabemos, a não ser por um trabalho de análise. 

É um trabalho feito a dois, psicanalista e paciente, que formam uma relação denominada transferencial, ou seja, que atualiza a relação que o paciente já vivenciou com seus pais, cuidadores, professores e pessoas com quem ele teve laços afetivos.Muito confuso?

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Vamos a uma imagem que todo mundo já viu antes em filmes ou séries: o paciente chegando a uma sessão de análise e se deitando no divã para começar a falar. Atrás dele, fica sentado o analista, muitas vezes com um caderninho para anotar informações importantes, que tenham um sentido singular e específico para aquele paciente.

O divã é um recurso presente nos consultórios dos psicanalistas. Foi proposto por Sigmund Freud, criador deste método terapêutico, para que o paciente se sentisse confortável e relaxado e pudesse falar tudo o que lhe viesse à mente, método chamado de associação livre. 

O divã também tinha o objetivo de possibilitar ao analista focar mais na escuta do paciente, de uma forma flutuante, sem a necessidade de focar tanta energia no olhar. Afinal, Freud atendia muitos pacientes. 

Mas nem todo mundo deita no divã. Esse ato faz parte de um processo até que o paciente se sinta à vontade tanto para confiar no psicanalista, quanto para poder falar sem precisar olhar para o profissional na sua frente. 

Diferentemente da Psicologia e da Psiquiatria, por exemplo, a Psicanálise trabalha com o paciente na sua singularidade e pelas palavras que ele traz à tona durante a sessão. Ao falar o que passa pela cabeça, o paciente relembra momentos do passado, fala sobre sonhos e pesadelos, sentimentos, angústias e qualquer outra coisa que está fazendo com que ele sofra. É através das palavras que o psicanalista trabalha. 

O que você precisa saber para ser um psicanalista? 

  • É apaixonado pela psique humana e se arrepende por ter se formado em outra área? Para ser psicanalista, você pode ter formação em outras áreas do conhecimento;
  • Quer trabalhar com a saúde psíquica, mas não gosta da rotina? O trabalho na clínica é bastante dinâmico! Os horários são combinados e podem ser remanejados;
  • Trabalhar com a psicanálise requer muito investimento, mas os resultados valem a pena;

Áreas de atuação

Tendo em vista o que foi dito, é comum pensar que os psicanalistas só trabalham em consultórios particulares para o atendimento individual. Mas há muitas outras áreas de atuação aos psicanalistas e variações do atendimento em consultório.

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Mercado de trabalho

Considerando o trabalho em consultório, além do atendimento individual, os psicanalistas, conforme a demanda e local de trabalho, podem trabalhar com grupos de pessoas envolvidas em situações parecidas, como mulheres que sofrem violência doméstica, com casais, com crianças, adolescentes, idosos e assim por diante.

Qualquer um pode fazer análise, mas nem todo mundo se identifica com esse tipo de processo. Não é fácil reviver momentos difíceis, falar sobre coisas que nos atormentam, se dar conta das falhas e faltas inerentes a todos os seres humanos. 

Também é um processo mais prolongado, diferentemente de alguns tipos de terapias mais pontuais, que visam resolver um problema. Na psicanálise, busca-se chegar às origens ou causas do que impede a cada um de nós ter uma vida mais leve. 

E como todo mundo tem algum tipo de sofrimento psíquico ou incômodo, o psicanalista por atuar em:

  • Consultório particular;
  • Clínicas interdisciplinares;
  • Órgãos públicos de atendimento de atendimento social;
  • Hospitais;
  • Postos de saúde;
  • Escolas e creches;
  • ONGs;
  • Indústrias;
  • Sistemas penitenciários;
  • Diversos locais vinculados a projetos e grupos sociais, como a psicanálise na praça;

O trabalho de atendimento, orientado pela escuta e baseado em hipóteses de estruturas psíquicas – como a neurose, a psicose e a perversão – e direcionamento clínico, pode ser realizado com pacientes encaminhados por psiquiatras, que lidam mais especificamente com o tratamento medicamentoso. 

O psicanalista também pode ministrar aulas e realizar pesquisas em cursos e universidades. A psicanálise também vem sendo disseminada pelas redes sociais, como Instagram e Facebook e por canais desses profissionais no YouTube.

Há muito conteúdo interessante disponível na rede para que você possa entender mais sobre a dinâmica da psicanálise. Se você quiser mais dicas de canais interessantes, confira aqui no final deste Guia.  

Qual a média salarial da profissão?

As sessões de análise duram, em média, 50 minutos, e não há um valor fixo de cobrança para a sessão. 

Muitos psicanalistas acordam um valor conforme possibilidade de pagamento dos pacientes, podendo variar entre R$50 a R$250 por sessão. No primeiro caso, e valores mais baixos, entram no que é chamado de valor social, justamente para poder atender uma camada mais ampla da população que não teria condições de arcar com um valor fixo mais elevado. 

Para estabelecer o valor da sessão, é importante considerar as condições financeiras do paciente e o número de sessões semanais.

A frequência do atendimento vai depender da situação e das necessidades do paciente. Quanto maior a frequência, maiores os efeitos psíquicos. Mas isso também depende de cada caso. Geralmente, é proposta 1 sessão semanal. 

O psicanalista também pode trabalhar em instituições no regime CLT. A média salarial gira em torno de R$3mil, podendo chegar a R$6 mil, por 36 horas semanais, conforme tempo de experiência e local de atuação. 

Também é possível ao psicanalista trabalhar em um emprego fixo e fazer atendimento clínico em alguns períodos. Nesse caso, é possível alugar horários em consultórios particulares ou em clínicas da área de saúde. 

Leia mais: Quanto ganha um psicólogo?

Por que trabalhar como psicanalista? 

Trabalhar com a psicanálise, especialmente com atendimento clínico, requer bastante investimento pessoal. Isso porque a ética que fundamenta a Psicanálise é baseada no seguinte tripé: análise pessoal, supervisão e estudo teórico entre pares, de preferência em Instituições psicanalíticas.

Isso quer dizer que o psicanalista está em constante processo de formação, até porque a psique humana também se modifica ao longo do tempo. Muita gente imagina que nossos pensamentos e emoções funcionam em circuitos fechados em nossas cabeças e que basta descobrir o que está ali dentro para resolver todos os nossos problemas.

Mas a coisa não é tão simples assim. Nosso psiquismo é fruto de nossas relações interpessoais, ou seja, é efeito direto de como nos relacionamos com o nosso meio social, desde que nascemos e, mais ainda, desde que nossos pais sonhavam em como seriamos durante a gestação.

Por isso, os psicanalistas precisam entender sobre questões culturais, funcionamento da linguagem, como usamos as palavras e quais palavras usamos para falar do que nos toca e assim por diante. 

Muitas pessoas se interessam pela profissão durante suas análises pessoais. No decorrer do próprio processo de tratamento e por se darem conta dos efeitos positivos da análise em suas vidas, resolvem investir na formação para se tornarem psicanalistas.

Pré-requisitos para esta profissão

Assim como o paciente, o psicanalista precisa investir na relação que está sendo construída no decorrer do tratamento clínico. Não basta ficar apenas sentado, escutando.

O psicanalista precisa, sim, exercer uma escuta ativa e atenta, pois fará interpretações para conduzir o tratamento, quando dos momentos adequados para tal. Mas também precisa ter empatia, se colocar em cena, se dispor a fazer parte de uma relação carregada de afetos e histórias de sofrimento, além de alegrias.

Neste sentido, o psicanalista precisa ter paciência, não apressando o processo, pois é o paciente que precisa chegar às suas saídas.Empatia e capacidade de reflexão também entram como habilidades importantes para a realização do trabalho. 

Saber lidar com imprevistos, como quando os pacientes faltam às sessões ou precisam mudar horário, também é essencial. Aí entram as habilidade de gerenciar o tempo e de ser flexível com as mudanças, pois o calendário de agendamentos não é seguido à risca, assim como o pagamento nem sempre é realizado ou pode demorar mais tempo para chegar. 

Com a prática, e como efeito da sua própria análise, o psicanalista aprende a lidar com questões como essas. 

Formação desejada 

Como a psicanálise não é uma profissão regulamentada, não há uma formação específica para se  tornar psicanalista. 

Essa formação vai depender da ética profissional em seguir o tripé mencionado, assim como de uma graduação completa em cursos da área das ciências humanas, como Filosofia, Sociologia, Direito, Antropologia, Letras, ou da saúde, sendo Psicologia e Medicina os mais habituais. 

Isso porque, para ser psicanalista, é preciso ser formado em um curso de graduação superior em uma instituição de ensino credenciada pelo MEC. Depois, é preciso realizar uma formação em Psicanálise em alguma sociedade ou associação psicanalítica. 

Para entrar nesse tipo de instituição, geralmente é realizada uma entrevista questionando o candidato sobre seu desejo de seguir nessa área. Portanto, existem excelentes psicanalistas graduados em outras áreas de conhecimento, como Jornalismo.

As associações psicanalíticas têm suas próprias regulamentações e modos de funcionamento, por isso, é bom pesquisar as que forem de maior interesse. Essas instituições também são direcionadas por linhas teóricas. Todas são freudianas, afinal foi Freud quem concebeu a psicanálise, em diálogo com outros pensadores do seu tempo. Porém, algumas instituições têm como referência teóricos pós-freudianos, como Lacan, Winnicott, Melanie Klein. 

Um curso de formação em Psicanálise dura, em média, 2 anos. No entanto, há instituições internacionais que demandam muito mais para a formação de um analista, como fazer análise pessoal em uma frequência de até 5 dias na semana e sessões de supervisão com maior frequência. 

O preço para a formação nessas instituições também varia, mas não é barato.

Neste sentido, para se tornar um analista, é preciso de bastante investimento, também da ordem do desejo. Cursos de pós-graduação podem ter valores mais acessíveis e geralmente focam em determinados tópicos, como:

  • Psicanálise para crianças e adolescentes;
  • Psicopatologia;
  • Psicanálise clínica;
  • Subjetividade, cultura e complexidade;
  • Conceitos fundamentais da prática psicanalítica;

Instituições públicas de educação superior também oferecem cursos de pós-graduação em Psicanálise. As mais reconhecidas são:

  • Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
  • Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ);
  • Universidade de São Paulo (USP);
  • Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
  • PUC de São Paulo;

Há possibilidade de fazer a formação ou um curso de pós-graduação em Psicanálise na modalidade EaD, o que amplia o acesso para aqueles que querem ter uma formação e atuar na área, mas residem em lugares mais distantes.

Leia mais: 7 profissões que usam hipnoterapia e como trabalhar nelas

Dicas

Como deu para perceber, a Psicanálise não é uma área de atuação que segue um manual de boas práticas, prontinho. É uma área de atuação que requer, do próprio profissional, uma formação continuada e um “estar em cena” com o paciente para buscar o que está impedindo a este paciente viver uma vida com menos sofrimento e trabalhar em cima disso, pelas palavras. 

Mesmo assim, é possível destacar pontos indispensáveis para que o psicanalista possa atuar de forma ética e, assim, desempenhar um bom trabalho durante o tratamento.

Como ser um profissional de sucesso

Confira nossas dicas:

  • Saber escutar

Isso deve estar claro. A ferramenta de trabalho do psicanalista é a escuta. Assim que alguém chega ao consultório, por exemplo, o psicanalista já começa a trabalhar, a escutar como esse sujeito chega e o que traz consigo. A ligação com o paciente começa aí, quando ele se sente escutado, olhado, para, aos poucos, criar confiança e se sentir à vontade para falar o que lhe vem à cabeça.

  • Ter uma boa comunicação

Muitos filmes representam o analista dormindo na poltrona enquanto o paciente fala de seus problemas, deitado no divã. Isso porque, havia a ideia de neutralidade do analista. Ainda há, de acordo com algumas instituições.

A neutralidade significava uma espécie de distanciamento e um silenciamento do profissional, para que o paciente consiga acessar seu inconsciente sem interferência ou “sugestão” do analista. 

Mas na prática, as coisas não são bem assim. Afinal, em uma análise, é formada uma relação entre os dois sujeitos, cada qual no seu lugar. Saber questionar e pontuar as falas do paciente é essencial no processo de análise.

  • Espaço do paciente

Apesar da formação, deve estar claro ao psicanalista que o espaço da análise é, essencialmente, o espaço do paciente. Os julgamentos não são bem-vindos, para que só assim, seja possível formar um espaço em que o paciente se sentirá à vontade para falar o que quer que seja com a menor restrição possível. 

Esse é um dos motivos pelos quais o analista deve se manter em análise, para sustentar esse lugar de estar em cena, mas de não colocar se colocar em cena.

  • Continuar estudando e manter o tripé da psicanálise

Por trabalhar com pessoas, o psicanalista deve estar atento às questões culturais, às quebras de paradigmas, à política, às questões raciais e de gênero e assim por diante. 

Um bom psicanalista deve ser um bom entendedor do mundo em que vivemos, em sua amplitude, e da bolha na qual o paciente vive. Por ser efeito do social, o psiquismo também é dinâmico. 

Isso quer dizer que todos estamos ligados ao social, de alguma maneira. E para ajudar num processo de análise mais ético, é essencial levar casos clínicos para a supervisão com outro analista, de preferência mais experiente. Este profissional vai ler o caso com um outro olhar, o que pode ajudar na direção do tratamento. 

Análise pessoal e estudar com os pares segue na mesma linha.

Melhores autores

São tantos materiais interessantes que achamos melhor citar autores de referência na área:

  • J-D Nasio;
  • Vladimir Safatle;
  • Christian Dunker;
  • Luiz Alfredo Garcia-Roza;
  • Élisabeth Roudinesco;
  • Antonio Quinet;

A Psicanálise começou com as Obras Completas de Sigmund Freud. Se tiver interesse em começar pelas origens, vale a pena investir nesta coleção, publicada por diversas editoras.

Christian Dunker, em seu canal no YouTube, aborda muitos temas interessantes de forma bastante didática.

Boas práticas de como ser um profissional

Vamos focar, aqui, nas boas práticas de um psicanalista clínico.Já que com a correria atual, não dá para seguir à risca orientações advindas de Freud, em um tempo muito diferente do nosso, mas ainda assim, podemos trazer esses princípios para os nossos tempos.

As boas práticas se referem ao início do tratamento ou às entrevistas iniciais.

Primeiro contato

Com exceções, não é fácil reconhecer a necessidade de um tratamento psíquico e a chegada a um psicanalista. Esse primeiro contato já diz muito do paciente: 

  • Como ele entra em contato, se por ligação ou texto pelo WhatsApp;
  • A maneira como ela se apresenta;

Uma forma interessante de receber essa pessoa que está chegando, em um momento fragilizado, é retornar o contato com ligação telefônica, com a devida solicitação, para agendamento da primeira sessão. 

Valor

Muitas pessoas ficam preocupadas, e com razão, com o valor da sessão para saber se possuem condições de investir nesse processo. 

Alguns psicanalistas combinam o valor da sessão no decorrer do primeiro encontro.Isso não quer dizer que essa primeira sessão não vá ser paga, mas depois da decisão de um valor que seja acordado entre as partes e isso pode levar um certo tempo.

Mesmo depois de estipulado, o valor pode mudar no decorrer do trabalho, que leva um certo tempo. Afinal, muitas coisas acontecem com os pacientes no decorrer da análise, o que pode levar a um ajuste do valor, para mais ou para menos.

Leia mais: 6 passos para determinar o valor do seu serviço

Horário

Nessas primeiras sessões, também é estabelecido o dia e horário da sessão, e a frequência, assim como período de férias, em que as sessões não serão cobradas.

A maioria dos psicanalistas cobra as sessões em que o paciente não compareceu pelo comprometimento com o horário.

Uma possibilidade é a reposição do horário, dependendo do caso e da situação. 

Fazer análise é se dar conta de que nem sempre é possível dar conta de tudo e que nem sempre se ganha, por isso, perder uma sessão pode causar um efeito diferente ao paciente.

Quando uma sessão é “esquecida”, por exemplo, esse esquecimento também pode estar carregando consigo outros sentidos, por isso, quando algo do tipo acontece, é importante investigar o que aconteceu na próxima sessão.

Primeira sessão

Alguns dizem que o primeiro encontro com o paciente é quase que uma fotografia do que vai ser trabalhado ao longo de toda a análise. É nesse primeiro momento que o paciente traz, concentrado, o que vai sendo esmiuçado.

Também é o momento das primeiras impressões, tanto do paciente quanto do psicanalista. Nem sempre o psicanalista aceita tratar um paciente. 

Essas primeiras sessões também servem para o analista chegar a um acordo com o paciente, apresentando uma ideia mais geral do que está acontecendo, assim como um caminho para o tratamento. O investimento é de ambas as partes. 

Glossário da profissão

Existem muitos termos utilizados na Psicanálise que fazem parte do nosso dia a dia, conforme dito lá no início deste guia.

Há muitos Vocabulários e Dicionários elaborados por psicanalistas renomados que praticamente funcionam como livros de cabeceira. Vale a pena investir nesses materiais. Conheça o significado de alguns deles.

Associação: O cérebro cria uma corrente de informações em que uma gera outra, dessa forma a nossa mente relaciona coisas diferentes movidas pelo mesmo sentimento;

Consciente: Parte da estrutura da mente onde “estão” nossos pensamentos conhecidos, a razão e a lógica;

Demanda: Denomina o desejo e as vontades inconscientes;

Desejo: Busca por prazer por pulsões inconscientes;

Ego ou EU: Instância psíquica que possibilita nos identificarmos com nós mesmos;

Fantasia: Realização do desejo pela imaginação;

Id ou Isso: Instância psíquica que busca a garantia da existência e a satisfação pela busca constante por prazer imediato;

Inconsciente: Instância psíquica onde “estão” os desejos profundos, as pulsões recalcadas, os instintos e tudo aquilo que negamos a nós mesmos;

Libido: Energia de vida, que nos move em direção aos objetivos e o que gera o desejo e o prazer;

Pulsão: Movimento da libido em direção ao objeto de desejo;

Sublimação: Processo em que a pulsão direcionada a um objeto impossível  é deslocada a um objeto onde o prazer é alcançável;

Superego ou supereu: Instância psíquica construída pela introjeção das leis e regras sociais e que define os limites e o princípio da realidade, em contraposição ao princípio do prazer;

Agora que você tem um guia prático de como ser psicanalista, que tal começar a trabalhar? Cadastre-se no GetNinjas e consiga seus primeiros clientes.

Por outro lado, se você quer se consultar com um psicanalista de qualidade, preencha o formulário na nossa página e aguarde o contato de um dos nossos profissionais. 


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